Passando despercebido por uma rua desconhecida,
Vi um grupo de crianças que brincava sob a luz fraca dos postes.
E alegravam-se com as poucas coisas que tinham,
E com as amizades forjadas a cada sorriso.
E eu me perguntava se sabiam o quanto a vida delas mudaria.
Se sabiam o quanto descobririam sobre o mundo e sobre si mesmas,
Sobre o que realmente representam, sobre o que são, sua essência.
Se mergulhariam profundamente em si mesmas e descobririam a vida.
Me perguntava, até, se chegariam a descobrir tudo isso.
Em uma oração silenciosa, pedi que sim.
Porque algumas não têm a chance de descobrir-se.
É uma realidade à qual eu gostaria de manter os olhos fechados.
Em memória daqueles que morreram no dia de hoje.
Barbacena, 07/04/2011
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